Por vezes temos de dar a volta maior para descobri que o caminho mais curto estava mesmo ali ao lado.
Outras vezes é exatamente esse caminho longo que nos leva aos lugares certos, porque, afinal, o lugar certo era o caminho — e o caminho faz-se caminhando.
Estamos na Semana Santa, a chegar à grande festa da Páscoa. Com fé ou sem ela, a Páscoa é a festa da Vida em todo o seu esplendor. A vida-Deus ou a vida-Natureza, tudo explode numa imensa dádiva. Quem está no campo comprova isso melhor do que ninguém.
A azáfama das abelhas, o voo dos pássaros que não víamos há um ano, a exuberância das flores, a cor do céu.
Também este rapaz está no campo, também em casa da avó, a quem pergunta "O que é o amor?"
Sábia, como todas as avós, ela diz-lhe que não pode responder a essa pergunta e manda o neto para o mundo, onde, com certeza, conseguirá encontrar a resposta, uma resposta.
E, esta espécie de filho pródigo, corre mundo, encontrando as mais variadas personagens com as mais diversas respostas à grande questão. Respostas que não são as certas para ele, pelo que não as entende.
Recebi este livro de uma viagem que não fiz mas que, em parte, ofereci. Amor também é mandar para o mundo, oferecer outros lugares, outras experiências.
Oferecer tudo aquilo que não somos. É não ter ponta de inveja de não ter ido.
O bom filho à casa torna e o neto regressou a casa da avó para, num abraço, lhe dizer que, sim, tinha encontrado a resposta no mundo — ali mesmo.
Um Santa Páscoa para todos!
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