Regresso parcial à escola. Cada vez mais acho que, dando aulas a mais velhos, tão cedo não regresso, a menos que mudem os critérios.
Já nem me importava que regressássemos só uma semana e depois voltávamos novamente. Em termos de planificação é caótico, mas ao menos os miúdos viam-se.
Os amigos fazem falta.
Duvido que haja muito meninos, aqui ou no Japão, a aprender diretamente com crocodilos, gorilas e macacos. Alguns terão a sorte de poder aprender com pássaros ou coelhos, outros até com cavalos e cães.
Ou como nós, que vivemos com uma tartaruga, temos um melro praticamente adotado no pátio e que, recentemente, identificámos um mocho-galego pelo seu piar na estadia na quinta.
Mas os amigos humanos também ensinam muito e é por isso que, acredito, nem que seja uma semana de escola (mesmo sem grande aprendizagem formal), podem fazer maravilhas a estes miúdos que não se vêem (mesmo ver, não só imagens digitais de amigos) há quase três meses.
Em 1983 eu tinha 8 anos, mais ou menos a idade que a menina deste Os meus amigos terá. E também usava puxinhos, como ela. Taro Gomi faz, neste pequeno livro para gente pequena, uma ode ao poder da amizade e do que podemos aprender com ela. A amizade é um super-poder!
Os amigos fazem falta. Tenho saudades de encher a casa com eles. Mesmo com aqueles que, por vezes, me puxam os puxinhos!
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Orfeu Negro, 2021
Taro Gomi
isbn 9789898868947
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