A alteração veio por motivos comerciais (aparentemente pouca gente comprava coisas para a mãe por ser muito perto do Natal), o que é sempre irritante, mas tudo bem, maio é um mês ótimo, e acontece que às vezes faço anos no dia da mãe; os miúdos acham imensa graça a isso.
Mas com a minha mãe mantivemos o dia 8 como Dia da Mãe e é por isso que, mesmo com Natal à porta e a minha mãe a fazer anos uns dias antes, lhe vou oferecer este livro na mesma, na sexta-feira dia 8. Afinal nunca é demais homenagear quem nos trouxe ao mundo e quem nos sustém, ainda, tantas pontas.
No meio do quotidiano das coisas práticas, ficam muitas coisas importantes por dizer. E é claro que as mães sabem, as mães sabem sempre, mas também gostam que se lhes diga. E um livro é sempre um livro, diz muito mais do que o que está escrito e a minha mãe sabe disso. É uma grande leitora.
E também desenha e faz livros para os netos: uma história para cada um, com texto e ilustrações dela, encadernado à mão, edição de um exemplar!
Tenho a sorte de ter a minha mãe por perto, embora muitas vezes usemos os fatídicos sms — que eu prefiro ao telefonema e ela não. Acho-os parecidos aos recados que antes se enviavam, vários por dia, num tempo que já não foi meu. E gosto mais de ler e de escrever do que de falar.
Este A minha Mãe é uma espécie de poema ilustrado, uma homenagem às mães-guerreiras,
às mães-lobas (não galinhas), às mães presentes e ao medo dessa ausência que a própria mãe apazigua.
Quase lamechas, talvez, mas um bocadinho de mimo nunca fez mal a ninguém, dirá a minha mãe!
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A minha mãeOrfeu Mini, 2017
Emmanuelle Houdart
isbn 9789898868053
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