Já têm a meia pendurada?
Não é boa altura para perder a meia, mas esta menina ficou sem ela e lança-se ao trabalho,
acompanhada pela mãe, de a voltar a encontrar.
Uma
história silenciosa, num cenário frio de neve, onde o fio vermelho e
quente da meia dá voltas e voltas até as levar de volta ao princípio, à
casa de onde saíram para a procurar.
No caminho encontram obstáculos e amigos, tomam decisões e enfrentam perigos.
No regresso a meia não está inteira, claro está. E em vez de ser remendada, é transformada.
Que belíssima metáfora para o Advento, não?
O livro é lindíssimo, requintado, delicado, cheio de pormenores para descobrir.
O protagonismo do vazio silencioso e branco da neve dá espaço para encher a história de sons, cheiros e memórias.
Encontrei A meia perdida
na caixa do correio, mesmo a tempo de me lembrar que é importante
pendurarmos a meia, sim, mas mais importante ainda é o caminho que temos
de fazer para a encontrar: ultrapassar obstáculos, ajudar amigos, tomar
decisões e resolver dificuldades.
Para
no fim perceber que, melhor do que estar recheada, é podermos
transformar a nossa meia nalguma coisa de significativo para nós e para
os outros.
Um Feliz Natal para todos!
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A meia perdida
Bruaá, 2017
Anine Bösenberg
isbn 9789898166364
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