Não se lembram do Babar? Acho que lá em casa os livros eram do meu irmão e até havia um em francês, mas é uma personagem da minha infância. Lembro-me da tromba do Cornélius me fazer alguma impressão...
Aproveitando um presente de aniversário que me tinham dado, acabei por trazer esta edição magnífica, sim, para mim.
É claro que a ideia de que o R vai aprender este ano a "letra pegada" foi uma ótima desculpa para trazer esta obra-prima para a nossa prateleira mas, acreditem, não é preciso nenhuma desculpa.
O prefácio é do Maurice Sendak e nele fiquei a saber a história desta incrível personagem que é o próprio autor, Jean de Brunhoff.
As histórias são lições, ou não tivesse o autor consciência da sua morte a aproximar-se cedo demais e, com filhos pequenos demais, querer deixar as coisas importantes tratadas; sabendo isto, é ainda mais comovente e espantoso o otimismo contagiante que transparece nelas.
As palavras frescura e inocência, difíceis de usar, são muito boas para colar a estas histórias e a estas ilustrações maravilhosas dos anos 30 e 40 do século passado.
Nem esta irresistível edição pequena (se bem se lembram, os livros originais do Babar eram enormes!) consegue ofuscar a genialidade e o vanguardismo dos layouts destas páginas.
São verdadeiras lições para qualquer ilustrador ou designer, quer na dupla página — como assinala Sendak — quer na variedade de abordagem da relação texto/imagem.
Esta edição tem cinco histórias. Neste verão foi companhia de todos, B,T e R, que, ainda sem ler a "letra pegada", pedia com os olhos a brilhar, mais
uma história do Babar,
naquelas infernais, enormes, saudosas e magníficas tardes de calor
no campo. Um clássico, portanto.
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As histórias de Babar
Relógio d'Água Editores, 2016
Jean de Brunhoff
isbn 9789896416270
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