As quartas são clássicas, as quintas são contemporâneas

Há uns anos havia na Cinemateca as Terças-feiras clássicas. Sempre que podia, lá estava eu a ouvir a apresentação sempre apaixonante do Sr. Cinema e a conhecer mais um filme para não esquecer.
Bem mais tarde, inventei aqui uma etiqueta, prateleira-um-bocadinho-menos-de-baixo, para continuar a pôr livros um pouco diferentes que entretanto começaram a entrar na nossa prateleira.
Passaram três anos desde essa altura, e arrumámos os cavaleiros numa caixa para fazer espaço na prateleira para outros livros. Estes novos livros são mais difíceis de escolher: Não se leem em 3 ou 5 minutos, o tempo duma canção; são mais sinfonias, e não há como lê-los todos!
Para a nova fase, socorro-me em geral de outros blogues, mas em especial d'O jardim assombrado. E foi lá que encontrei uma maneira de apresentar estes outros livros que, por não terem ilustrações, nunca ganhavam lugar nesta prateleira. A Clara Maia de Andrade, quem cuida do "jardim", tem uma rubrica chamada "O começo dum livro é precioso" que gosto muito de ler. E é assim que escolho estes livros: leio alguma coisa sobre eles e depois vou espreitá-los à livraria. Normalmente a primeira página faz com que decida se os trago ou não.

De modo que será assim: a cada quarta um clássico, a cada quinta um contemporâneo — a primeira página de cada um!—, para construir uma belíssima biblioteca com as prateleiras a subir, subir, subir.
A partir da próxima semana, fiquem atentos a estes "cromos", que saem à quarta e à quinta, aqui.