Primeiro cidadão exemplar, depois só como os outros, a olhar para o seu umbigo, a escolher o mais fácil, desligado do mundo, nem aí.
Vou ser tia, outra vez - pela oitava vez! - e a notícia chegou ao mesmo tempo que O rapaz que gostava de aves (e de muitas outras coisas). De modo que foi inevitável pensar um bocadinho mais no mundo, no nosso mundo, no mundo em que vai nascer esta nova criatura.
E o que pensei, logo a seguir a ficar preocupada, foi que, mesmo assim, no meio da crise, no meio da confusão geral, o mundo vale mesmo a pena. Se não olhem só para estas estradas!
Se não, vejam só o guarda-rios!Alguns destes parecem até estar de lágrima no olho,
eles lá sabem, mas olhem só que beleza.
O Bernardo já nos habituou a páginas assim
e assim, de tal modo que poderemos passar por elas sem olhar verdadeiramente;mas desenganem-se: uma página pode ser mil páginas, uma história poder ser mil histórias (sim, porque a Isabel também já nos malhabituou) e o mundo pode ser mil mundos. Há é que fazer pelo mundo, por um bom mundo.
É isso que vou tentando passar aos miúdos que por aqui andam à minha volta no mundo que construímos e é esse o recado que aqui deixo ao miúdo/miúda que ainda se esconde: quando aqui chegares e abrires os olhos, faz o mundo que quiseres, mas que seja um bom Mundo.
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O rapaz que gostava de aves (e de muitas outras coisas)Planeta Tangerina, 2012
texto Isabel Minhós Martins, ilustrações Bernardo Carvalho
isbn 9789898145468
oferecido (adagirbo!)
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