Os rituais vão mudando à medida que o tempo passa. E agora somos mais um.
Vivem os três no mesmo minúsculo quarto, mas isso não é um problema para eles.
Quando há uns tempos conseguíamos pôr o R a dormir antes dos grandes, começou a haver um problema: como vão ler no quarto às escuras?
Experimentámos várias versões até que chegámos à solução dos leitores-mineiros.
Demos uso às lanternas de escalada oferecidas pela Avó T e então era vê-los com um olho de luz na testa, atentíssimos, de páginas brancas a brilhar no escuro, entre as suas mãos. Pedras preciosas.
Agora, se o R já está a dormir, acendemos uma luz mais baixa e a coisa passa sem problemas. Mas se vão os 3 ao mesmo tempo para a cama, o R já fica também com um livro na mão a folhear e a palrar até que o vou buscar para o colo para vir ouvir a história com o T, enquanto o B faz as suas leituras.
Ao fim de semana, a primeira coisa que fazem é ler: ou na cama - se lhes dizemos que ainda não são horas de acordar (acordam nas mesma e puxam um livro),
ou na sala - se já são horas decentes para acordar - onde, no inverno, a luz entra sem pedir licença de uma ponta à outra.
[continua]
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