Pois é, o R cresce a olhos vistos e, embora já não precise de mim em duas refeições do dia, a verdade é que o tempo que preciso de lhe dar também cresce a olhos vistos:
está mais tempo acordado, é verdade que já come duas sopas e duas frutas por dia (mas alguém tem de as fazer), só quer estar sentado (mas cai para o lado como um boneco), chama os irmãos a todo a hora (com uma voz forte que me faz temer o pior) e claro, já gosta de ouvir histórias:
depois de tentar comer o livro, começa a agarrar as figuras que são bidimensionais, sabemos nós, ele não, e só então se recosta a ouvir as palavras depois de um grande suspiro que mistura conformação e suspense
(com os olhos mais ou menos assim).
Daí o blogue parado; há coisas que se impõem com grande evidência.
Estivemos todos na Escócia onde fomos visitar o Tio M (éramos 12, metade crianças), mais um dos amigos longe deste ano.
Este esplêndido cicerone tinha localizado as livrarias e lojas para me perder,
de modo que me perdi,
no fantástico (e em conta) reino anglo-saxónico dos paperback.
E foi assim que, de terras escocesas, em vez do monstro, trouxemos a corujinha.
O livro ganhou o prémio Marion Vannet Ridgway para debutantes. À primeira vista, o tipo de personagens (fofas é a ridícula palavra que me ocorre) faz um pouco lembrar as figuras de Oliver Jeffers mas este designer irlandês tem mesmo qualquer coisa de único no conjunto que constrói com a paginação, as cores, as camadas finas que compõem as ilustrações.
De noite,
cai do ninho
e perde-se.
Pede ajuda ao esquilo,
e outros animais querem também ajudar,
mas as suas descrições da mãe levam-na
a estranhos seres...
Mas tudo acaba bem,
ou não?
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A bit lost
Walker Books, 2011
Chris Haughton
isbn 9781406333831
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