[Passou o dia mundial do livro, o do livro infantil, o da poesia e até já passou a Feira. Aqui, a net continua flutuante, irritante e outros ante que não interessam, mas que me impedem de assinalar dias ou livros, ou dias com livros, as vezes que gostava.]
Este anos só visitámos a Feira no penúltimo dia: eu e 3 pequenos leitores no meio de centenas de pessoas; tivemos de simplificar, tivemos de escolher.
[escolha do T]
Não é que tenha decidido fazer boicote aos grandes grupos, mas a verdade é que não levo os miúdos a centros comerciais. Por isto, não trouxemos o Tintim seguinte nem procurámos o Papão. Ficámos por três ou quatro barraquinhas e andámos entre umas e outras a seleccionar.
[escolha do T]
Normalmente tenho uma lista pensada que procuro e depois deixo-os escolher um livro cada um. Aí começa um grande problema prático. Eu meço uns míseros 150cm e eles menos ainda (ainda).
[escolha do B]
Só na barraca da Gatafunho é que havia um degrau que o T rapidamente assinalou como uma coisa muito positiva. Normalmente resolvo a coisa pegando-os ao colo uns segundos (uf), eles escolhem e depois conto com a boa vontade das pessoas para os deixarem ir para o chão com o livro em cima das pernas.
[escolha do B]
O direito de escolha não é nada fácil, aprendemos desde pequenos, mas na Feira é ainda mais difícil para esses, estes, pequenos. Dir-me-ão que as criancinhas estragam tudo; algumas estragam, de facto, mas não acredito que viesse mais miséria ao mundo editorial se houvesse umas cópias manuseadas para se manusear, passo a expressão, e mais à mão dos miúdos.
[escolha da S]
Este ano foi diferente; estão mais velhos e capazes de (parece-me), partindo de uma boa base - ou seja, de umas boas barraquinhas - seleccionar o que gostam e depois escolher bem. Não fiz lista, então, mas também escolhi depois deles.
[escolha da S]
Para que não haja dúvidas, estes miúdos também gostam de Disney e do Stilton e, não vendo desenhos animados em casa, também sabem quem é o Carteiro Paulo e a Vila Moleza. Há televisão por todo o lado, não ficam fora do mundo.
Isto para dizer que a Stilton e a Disney tenho a certeza que terão acesso facilmente. A outras coisas talvez não, infelizmente, se não formos nós a mostrar-lhes. (A propósito deste tema leiam o texto do Seth Godin). É certo que a Escola pode ter - tem - um papel também fundamental e fico contente de os ouvir falar no Sr. Luís que não sabe esperar,
ou de reconhecerem a história dos cabelos porque já ouviram na escola.
No nosso passeio pela Feira, ainda fomos espreitar os lindíssimos posters da loja de História Natural. Lá, não resistimos a mais um
[escolha da família]
que parece este mas sem som...
Depois chegou o pai e abrimos o piquenique no relvado do Parque. À sobremesa, uma deliciosa-terrível fartura. Há que manter os rituais e um dia não são dias.
Fiz um post em homenagem ao Prateleira... espero que gostem. Com carinho, Ciça CRIATURA
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