Aprendi a ler aos 5 anos, mais ou menos sem dar conta,
mas, ainda antes, aprendi a ler música.
A minha professora fazia desenhos que atribuía a cada nota:
gato=mi, sol=sol, faca=fá, sino=sino.
Passado pouco tempo, os rabiscos negros pendurados nas linhas da pauta
ganharam os seus nomes e deixei de precisar dos desenhos para os identificar.
Aprendi piano.
Não era um piano de cauda como este,
mas criava histórias de encantar difíceis, às vezes, mas riquíssimas e misteriosas, sempre.
Como este livro.
O texto é difícil, divertido e cheio de trocadilhos;
as ilustrações são uma espécie de contemporânea filigrana.
Faz todo o sentido que nos tenham dado o livro em Gondomar.
Mais ou menos pela altura em que comecei a aprender música, uma das minhas actividades favoritas com a minha mãe era a dos recortes. Agora a Avó recorta com os netos e eu volto a ser menina.
De certeza que o Gémeo Luís tem duas pessoas (além do resto dos mortais) que olham para o seu trabalho com prazer:
(brevemente em colagens, aqui, na prateleira)
e
(brevemente em noite de cinema, aqui, na prateleira).
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O piano de cauda
Edições Eterogémeas, 2004
texto Eugénio Roda, ilustrações Gémeo Luís
isbn 9789729924309
oferecido!
Um autor muito bom, dentro do género, é Rob Ryan www.rob-ryan.blogspot.com
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