Este verão conheci os livros de Martine Perrin.
São pequenas histórias em forma de pergunta-resposta.
Lengalengas, também visuais, de texturas ricas com uma paleta de cores escolhida a partir do tema - ou do lugar - que o livro mostra.
Diz Martine:"À l’école d’architecture, j’ai appris à apprendre, à regarder, à m’étonner, à m’interroger, à organiser, à imaginer… À avoir des intentions et… composer avec des contraintes.
Je fais des livres d’images (...) Pour leur proposer de regarder autrement. Pour qu’ils s’étonnent, qu’ils dissocient, qu’ils associent, qu’ils découpent, qu’ils comparent, qu’ils organisent, qu’ils manipulent, qu’ils imaginent, qu’ils créent et surtout qu’ils s’amusent. Avec des formes et des couleurs, des trames et des surfaces, des pleins et des vides."
E são mesmo livros desenhados, pensados, por uma arquitecta: formas e cores, vãos e superfícies, cheios e vazios.
Perante uma paisagem Martine posiciona e abre janelas
que, ao escolherem um ponto de vista, direccionam o nosso olhar para um pormenor
dando-lhe sentido. E vemos de outra maneira.
Linhas aparentemente caóticas
têm afinal um significado.
Da série Méli-mélo temos o que se passa na Austrália.
Há um azul que vai aparecendo, intruso, no meio dos ocres, laranjas, amarelos, castanhos.
Só para nos dar ainda mais vontade de um dia furar o mundo e aparecer do outro lado.
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Méli-mélo au pays des kangourous
Éditions Milan, 2007
Martine Perrin
isbn 9782745928658
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