Quando aparece em casa um novo livro tenho, normalmente nesse dia, de o contar duas vezes; neste caso foram três.
Quando lhes leio histórias assim desconcertantes são impagáveis as caras que fazem, o que perguntam e o que voltam a perguntar.
Numa passagem ultra rápida pela Feira - amanhã faço visita oficial - não resisti a esta novidade.
A história é muito bonita (embora não ache a maneira de escrever - ou a tradução - fascinante) e as lindíssimas ilustrações de Gabriel Pacheco acompanham-na na perfeição.
O homem de água é mesmo um homem de água feito de um esquecimento de alguém que deixou a torneira aberta.
E, se primeiro é maltratado porque molha tudo e não é como os outros,
"Nunca tinha fome, nunca tinha sede (...) Não precisava de fazer xixi nem de lavar os pés."
acaba por ser depois aceite e toda a gente aproveita da sua água.
Até que uma grande chuva, que vem num dia de temporal, o chama para junto de si;
mas o homem de água gosta de viver no "mundo de automóveis e casas" e acaba por encontrar uma fonte abandonada onde pode ser para sempre.
"Há até quem diga que de noite, quando todos dormem, o homem de água ainda sai para dar uma volta ou para esticar as pernas."
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kalandraka, 2009
Ivo Rosati texto, Gabriel Pacheco ilustração
isbn 9789898205148
encontrado aqui
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absolutamente imperdível esta conferência sobre educação e criatividade
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