Gosto de ir à livraria e pensar em cada miúdo, em particular, e escolher o livro certo. O orçamento já restringe um pouco, é certo, mas há sempre volta a dar, a volta certa.
Para o S vai este e para o T vai este. São na mouche, acho, mas conheço os dois miúdos desde os dois anos, por isso é fácil.
A L não conheço bem, de maneira que ia mais em branco. Só que de repente, inspirada pela data, quem sabe, estas Flores Mágicas pareceram-me perfeitas para a ocasião: um livro sobre uma menina com a idade da L, sobre a primavera que está aí, sobre a liberdade que vamos conquistando.
Nesta BD para não leitores (não leitores de palavras anyway),
acompanhamos esta capuchinho vermelho no caminho de regresso a casa pela mão do pai. Não vai sozinha, mas nem por isso deixa de ser livre. A mão do pai guia, pois sim, mas ela faz o seu caminho. Que belíssima lição.
A cor da capa da miúda, que primeiro é a única que brilha sobre o preto e branco, vai depois ganhando companhia ao longo do caminho, à medida que a menina encontra as flores e depois as oferece.
Uma espécie de cravo com pernas, é o que imagino, que através de outras flores aparentemente mais insignificantes, vai contagiando tudo e todos.
O livro acaba a cores e ela sai da página, em liberdade.
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Flores Mágicas
Livros Horizonte, 2015
Joh Arno texto, Sydney Smith ilustração
isbn 9789722417716
U A U. Sempre a surpreender obrigada!
ResponderEliminarSurpreender? São os livros que fazem isso!
ResponderEliminarsim , foi isso mesmo !
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